quarta-feira, 7 de outubro de 2009


Inflamação e Diabetes

Inflamação é o procedimento pelo qual o corpo responde normalmente a ferimentos - enviando células sanguíneas especializadas para limpar a área e destruir as células alteradas - o que pode observar se na pele.

Mas, quando o sistema imune não funciona adequadamente, como na artrite rumatoide, o processo inflamatório pode danificar os tecidos saudáveis, como as articulações.

Recentemente, pesquisadores estabeleceram que inflamação tem um papel significativo em doenças anteriormente consideradas não inflamatórias, tal como a doença arterial coronariana. Por isso remédios como a aspirina - usada por seus efeitos anti-agregante plaquetário - pode ter outros benefícios, em razão de suas propriedades antiinflamatórias.

A ligação entre inflamação e doença apareceu quando marcadores de inflamação foram detectados em sangue de pacientes portadores de doença cardiovascular e quando foi mostrado que esses marcadores poderiam ser prognosticadores de evento cardíaco.

Níveis elevados dos mesmos marcadores foram também encontrados em portadores de diabetes e em pessoas com risco elevado de diabetes. Um desses marcadores é a proteína C-reativa (CRP), que tem uma concentração mais elevada em caso de doença cardíaca, diabetes ou obesidade. Seria possível que substancias secretadas pela gordura em excesso estimulam os marcadores de inflamação. Por isso a inflamação seria a ligação comum para o desenvolvimento da resistência à insulina, diabetes, doença cardíaca. Em um estudo do projeto ARIC (Atherosclerosis Risk in Communities), 10.000 pessoas não diabéticas foram acompanhadas durante 9 anos. Os pesquisadores encontraram uma associação entre o desenvolvimento do diabetes e a presença de marcadores de inflamação, especialmente ácido siálico. Esses resultados foram conformados em estudos independentes realizados no Kuwait e em Hong Kong. Além dos benefícios dos remédios antiinflamatórios, vários remédios já usados por diabéticos têm efeitos antiinflamatórios. É o caso da rosiglitazona. Que reduz os níveis de marcadores da inflamação e que poderia ser útil para diminuir o risco de aterosclerose em diabéticos. É também o caso das estatinas, utilizadas para diminuir as taxas elevadas de colesterol.

As estatinas poderiam ajudar no tratamento do diabetes e adiar a passagem para a terapia insulínica.

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