quarta-feira, 7 de outubro de 2009


DOENÇA DE CHAGAS

Sinônimo: Tripanossomíase Americana

O que é?

É uma doença infecciosa causada por um protozoário parasita chamado Trypanosoma cruzi, nome dado por seu descobridor, o cientista brasileiro Carlos Chagas, em homenagem a outro cientista, também, brasileiro, Oswaldo Cruz.

Como se adquire?

Através da entrada do Trypanosoma no sangue dos humanos a partir do ferimento da “picada” por triatomas, os populares barbeiros ou chupões, como são conhecidos no interior do Brasil.

Estes triatomas, ou barbeiros, alimentam-se de sangue e contaminam-se com o parasita quando sugam sangue de animais mamíferos infectados, que são os reservatórios naturais (bovinos, por exemplo) ou mesmo outros humanos contaminados. Uma vez no tubo digestivo do barbeiro, o parasita é eliminado nas fezes junto ao ponto da “picada”, quando sugam o sangue dos humanos que por aí infectam-se.

Outras formas de contato ocorre na vida intra-uterina por meio de gestantes contaminadas, de transfusões sanguíneas ou acidentes com instrumentos de punção em laboratórios por profissionais da saúde, estas duas últimas bem mais raras.

Inflamação e Diabetes

Inflamação é o procedimento pelo qual o corpo responde normalmente a ferimentos - enviando células sanguíneas especializadas para limpar a área e destruir as células alteradas - o que pode observar se na pele.

Mas, quando o sistema imune não funciona adequadamente, como na artrite rumatoide, o processo inflamatório pode danificar os tecidos saudáveis, como as articulações.

Recentemente, pesquisadores estabeleceram que inflamação tem um papel significativo em doenças anteriormente consideradas não inflamatórias, tal como a doença arterial coronariana. Por isso remédios como a aspirina - usada por seus efeitos anti-agregante plaquetário - pode ter outros benefícios, em razão de suas propriedades antiinflamatórias.

A ligação entre inflamação e doença apareceu quando marcadores de inflamação foram detectados em sangue de pacientes portadores de doença cardiovascular e quando foi mostrado que esses marcadores poderiam ser prognosticadores de evento cardíaco.

Níveis elevados dos mesmos marcadores foram também encontrados em portadores de diabetes e em pessoas com risco elevado de diabetes. Um desses marcadores é a proteína C-reativa (CRP), que tem uma concentração mais elevada em caso de doença cardíaca, diabetes ou obesidade. Seria possível que substancias secretadas pela gordura em excesso estimulam os marcadores de inflamação. Por isso a inflamação seria a ligação comum para o desenvolvimento da resistência à insulina, diabetes, doença cardíaca. Em um estudo do projeto ARIC (Atherosclerosis Risk in Communities), 10.000 pessoas não diabéticas foram acompanhadas durante 9 anos. Os pesquisadores encontraram uma associação entre o desenvolvimento do diabetes e a presença de marcadores de inflamação, especialmente ácido siálico. Esses resultados foram conformados em estudos independentes realizados no Kuwait e em Hong Kong. Além dos benefícios dos remédios antiinflamatórios, vários remédios já usados por diabéticos têm efeitos antiinflamatórios. É o caso da rosiglitazona. Que reduz os níveis de marcadores da inflamação e que poderia ser útil para diminuir o risco de aterosclerose em diabéticos. É também o caso das estatinas, utilizadas para diminuir as taxas elevadas de colesterol.

As estatinas poderiam ajudar no tratamento do diabetes e adiar a passagem para a terapia insulínica.

O que é cálculo renal

O cálculo renal é um problema de saúde muito comum nos seres humanos e algumas espécies de mamíferos. É conhecido popularmente como pedra nos rins. É provocado por vários fatores relacionados à alimentação, mal funcionamento do sistema urinário ou a predisposição genética.

Formação

O cálculo forma-se nos rins e na bexiga, a partir do acúmulo de sais minerais no organismo. Além dos sais minerais, o acúmulo de outras substâncias pode causar o cálculo como, por exemplo, ácido úrico e oxalato de cálcio. O cálculo assume um formato de cristais e pode ter dimensões e formatos variados. Alguns cálculos são do tamanho de um grão de areia, outros podem atingir o tamanho de uma laranja.

Muitas vezes o rim de uma pessoa produz cálculos microscópicos que são expelidos através da urina sem causar dor. Porém, em outros casos, o cálculo pode provocar dores muito fortes na região dos rins. Muitas vezes as dores podem vir acompanhadas de náuseas e vômitos. Caso o cálculo saia dos rins, atingindo as vias urinárias, dores e desconforto ao urinar podem ser comuns. Quando uma pessoa sente estes sintomas, o melhor é procurar imediatamente um nefrologista ou urologista. Em alguns casos, a cirurgia se faz necessária de forma emergencial. Além da cirurgia, em algumas situações é necessário a utilização da litotripcia. Este procedimento consiste em quebrar o cálculo usando ondas de choque, permitindo que os pedaços pequenos sejam eliminados pela urina.

Causas

Médicos apontam várias causas para a formação dos cálculos renais. O principal deles é a ingestão de poucos líquidos, associada a uma dieta composta de muitos produtos lácteos (leite, iogurtes, queijos) que são ricos em cálcio. Portanto, é de extrema importância a ingestão de dois a três litros de água por dia. Porém, outros fatores podem ocasionar a formação dos cálculos renais como, por exemplo, herança genética,

INFECÇÃO URINÁRIA - PIELONEFRITE

Sinônimo: Infecção do rim, infecção urinária alta

O que é?

A pielonefrite é a infecção urinária que atingiu o rim. As bactérias ou microorganismos que entraram pela uretra passaram pela bexiga e se instalaram no rim. Nas mulheres, na maioria dos casos, isso ocorre pela contaminação e colonização perivaginal pela flora bacteriana fecal. O representante mais importante da flora bacteriana fecal é a Escherichia coli, responsável por 85-90% das infecções urinárias.

O que se sente ?

Quando as bactérias atingem o rim, elas provocam no local um processo inflamatório e infeccioso. Como conseqüência imediata, o rim aumenta de tamanho, a região lombar se torna muito sensível a qualquer toque ou batida e a dor lombar ou no flanco torna-se constante.

A pielonefrite sempre é acompanhada de febre (> 37,5º C) e calafrios. A urina sai em pequenas quantidades, muitas vezes ao dia, sempre ardendo muito. Pode ocorrer gotejamento de sangue no final da micção. O paciente observa que a sua urina tornou-se mal cheirosa, turva e apresenta grumos (filamentos) no seu interior. Pode haver queixas digestivas, como náuseas, vômitos e anorexia. Desânimo, canseira e prostração podem ser importantes. No exame físico, o médico encontra febre, dor lombar a punho-percussão e, muitas vezes, dor à palpação abdominal.

01-) O que é Cistite?
É uma infecção urinária, que aparece com mais freqüência nas mulheres.

02-) Qual a sua origem?
É de origem bacteriana (escherichia coli) de 1% a 4% das mulheres do mundo, mulheres estas sexualmente ativas, possuem infecção de bexiga, mas não apresentam ardência ao urinar e nem dor. O ato sexual contribui no aparecimento da cistite, porque a secreção que se acumula, contém bactérias e esta ação geralmente inundam a uretra de germes. É a bactéria (escherichia coli)mais perigosa que afetam, o aparelho urinário. Ela migra do intestino, até o ânus e chega a uretra e bexiga. Na mulher grávida, o aparecimento é maior.

03-) Como é o tratamento médico?
É feito a base de antibiótico, receitado pelo médico, com base no teste de antibiograma. A duração depende da intensidade da infecção, da idade da mulher, mas estima-se que dure de 03 dias a 03 semanas.

04-) Tratamento de Prevenção - Higiene
Quando fizer a higiene lavar a vulva de 02 a 03 vezes com sabão líquido, não fazer espuma, para evitar maiores contaminações; secar com algodão ou gaze, incinerando-os. Nunca seque com papel higiênico, pois, este ajuda na proliferação do germe. Procurar sempre evitar o contado da urina com a vulva, abrindo-a com os dedos ao urinar.
INFECÇÃO URINÁRIA

O que é?

É a infecção bacteriana mais comum no ser humano sendo só ultrapassada pela gripe de origem viral. Trata-se da presença de bactérias na urina. Essas bactérias multiplicam-se com o passar do tempo, enquanto um tratamento adequado não é instituído. As bactérias podem atacar qualquer nível do aparelho urinário, desde a bexiga, causando cistite, até o rim, causando pielonefrite. As infecções urinárias são mais freqüentes na mulher e no homem na terceira idade.

Causas

A urina que é secretada (produzida) nos rins é estéril.

Ela pode se infectar quando bactérias se multiplicam em redor da uretra (colonização) para, logo após, ascenderem (subirem) através desta, penetrando na bexiga (via ascendente). Elas podem se manter na bexiga ou continuar na subida até o rim. Outras vias de entrada de bactérias no aparelho urinário são: sangue e vasos linfáticos.

A co

Vitrectomia

Vitrectomia é o nome que se dá à técnica de cirurgia do corpo vítreo, o fluido gelatinoso que preenche o interior do globo ocular. Ela é indicada no tratamento de diversas patologias oculares, tais como: buraco de mácula, membrana epiretiniana, membrana sub-retiniana, descolamento de retina, retinopatia diabética, tromboses venosas e retinopatia da prematuridade.
A vitrectomia pode ainda ser indicada em casos de complicações das cirurgias intra-oculares como as de catarata,infl amações e infecções intra-oculares, complicações do trauma ocular, descolamento de coróide seroso ou hemorrágico, reposicionamento da lente intraocular para o vítreo e edema macular cistóide. Existem ainda outras indicações menos freqüentes.

A cirurgia

A cirurgia de vitrectomia é precedida de exames oftalmológicos e seguida por uma seqüência de procedimentos per-operatórios. A internação se dá, normalmente, no dia da operação e exceto em casos especiais, o paciente não deve se alimentar e nem tomar água no mesmo dia. Na maioria das vezes, a cirurgia é realizada com a aplicação de anestesia local, sempre em ambientes adequadamente compostos por equipamentos sofi sticados. A operação é feita através de três ou quatro micro incisões que permitem a utilização de minúsculos instrumentos como pinças, tesouras, pontas de laser e sondas.
Em casos específi cos, utiliza-se instrumentos de micro-calibre que dispensam os pontos no final da cirurgia.



Degeneração Macular

A mácula é um ponto no centro da retina, responsável pela visão central usado para a leitura e para outras tarefas refinadas.
A degeneração macular causa dano ou falência dessa região. Impede ou dificulta a leitura e os trabalhos feitos de perto sem, contudo, causar cegueira total. Se a visão periférica não estiver comprometida por outros problemas, é possível ver os objetos que ficam ao lado da mancha provocada pela degeneração macular.

Pode ser detectada e diagnosticada precocemente por um oftalmologista, através de exames oculares periódicos. O imediato encaminhamento a um especialista em doenças da retina pode prevenir danos adicionais através de tratamento específico e pode levar o paciente a encontrar um ajuste visual com óculos especiais. Estes exames especializados são principalmente importantes quando algum membro da família relata história de problemas retinianos.

Quem está sujeito a doença e quais as formas?

A Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) está associada ao envelhecimento e é causada por uma atrofia ou afinamento das células visuais da mácula. Aparece com freqüência em idosos de pele clara e que apresentam na maioria das vezes, pequenos pigmentos no dorso das mãos. Entretanto, nem sempre o envelhecimento leva à perda da visão central.

As manifestações mais importantes da doença são as drusas ou pequenas manchas amareladas, que significam acúmulo de produtos resultantes da oxidação celular.
A DMRI pode se apresentar de forma atrófica (seca) ou exsudativa (úmida). A forma seca (figura 10) é chamada de degeneração involucional e representa 90% dos casos. Os outros 10% de casos de degeneração macular são formas exsudativas.
Existem tipos de degeneração macular que são herdados. Podem ocorrer em pacientes adolescentes e não estão associados com o processo de envelhecimento. Ocasionalmente, a alta miopia, o trauma, processos infecciosos, inflamação e outros agentes, podem também lesar o tecido delicado da mácula e/ou causar neovaso.

Tratamento clínico e a laser

O uso de uso de suplementos alimentares constituídos de minerais e vitaminas antioxidantes (A, E, C, zinco, betacaroteno, selênio) pode impedir a progressão da doença em pacientes com muitas drusas nos dois olhos ou forma avançada (cicatricial) em um olho.
Nos estágios iniciais da forma exsudativa ou com neovasos, a cirurgia oftalmológica por intermédio do laser pode retardar ou “controlar” as suas conseqüências. Assim, após o trata-mento, o retinólogo pode planejar o regime mais adequado a cada caso.



Retinoblastoma

É o câncer originário das células embrionárias da retina (porção posterior do olho responsável pela transformação dos estímulos luminosos em estímulos nervosos que vão para o cérebro). Afeta uma em cada 15.000 a 30.000 crianças nascidas nos EUA. Parece ser mais comum nos países em desenvolvimento. É o tumor ocular mais comum das crianças, que podem ser de todas as raças, e de ambos os sexos.

É uma doença de etiologia genética decorrente da mutação de um gene localizado no braço longo do cromossomo 13. Pode ter caráter hereditário, o que ocorre em 10% dos casos; esses casos têm transmissão pelo modelo autossômico dominante. Os 90% restantes têm apresentação não hereditária.

O retinoblastoma pode ser congênito ou aparecer durante os 3 primeiros anos de vida principalmente. Pode ser uni ou bilateral. A maioria dos casos (75%) é unilateral.

Pode se apresentar de diversas maneiras. A maioria dos pacientes apresenta um reflexo branco na pupila (leucocoria), ao invés da pupila preta normal ou, então, em substituição ao reflexo vermelho, também normal, que aparece em fotografias, quando se está olhando diretamente para a câmara fotográfica. O reflexo branco anormal na pupila é, às vezes, referido como o “reflexo do olho do gato”.

O estrabismo(ou desvio ocular) é a segunda maneira mais comum de apresentação do retinoblastoma.

Pode apresentar-se também através de outros sinais como: olho vermelho, dolorido, baixa visual, inflamação de tecidos perioculares, pupila aumentada ou dilatada e mudança de cor da íris (heterocromia). Pode vir associado a outras anomalias como o retardo no desenvolvimento, malformação das orelhas, polidactilia e retardo mental.
O diagnóstico é feito pelo exame do fundo do olho com oftalmoscopia indireta (mapeamento de retina). Algumas vezes precisamos fazer o exame com a criança sedada. Ultrassonografia ocular pode ser usada para confirmar a presença de retinoblastoma e permite medir o tamanho do(s) tumor(es). Tomografia computadorizada e ressonância magnética também são importantes para se determinar extensão para órbita, nervo óptico e cérebro.

Um oncologista pediatra é importante para investigar presença de metástases e definições de condutas terapêuticas, juntamente com o oftalmologista.
O tratamento é individualizado para cada paciente. Ele depende do tamanho do tumor, da idade da criança, do envolvimento de um ou de ambos os olhos e da presença de metástases. Os objetivos do tratamento, por ordem decrescente de importância, são: salvar a vida, manter o olho e a visão e preservar a aparência estética.

Tumores pequenos, em geral são tratados por laser ou crioterapia. Tumores médios são tratados por quimioterapia, braquiterapia ou radiação por feixes externos e laser. Tumores grandes, geralmente só podem ser tratados pela remoção do globo ocular (enucleação). Quando há invasão do sistema nervoso central ou metástases à distância usa-se quimioterapia e radioterapia no tratamento. Os resultados são tanto melhores quando menos avançado é o estádio da doença.

IMPORTANTE:

• Única forma de realmente se fazer o diagnóstico precoce do retinoblastoma é a realização de fundoscopia sob midríase (dilatação pupilar) em crianças sem sinais ou sintomas. Assim poderíamos tratar a maioria dos casos conservadoramente, evitando o grande número de enucleações. Pelo menos com 1 ano de vida e a seguir anualmente, toda criança deveria ter seus olhos examinados, com dilatação pupilar e exame de seu fundo de olho por oftalmologista familiarizado com a realização de exames de retina de crianças.

•Toda criança sob suspeita de retinoblastoma deve ser examinada o mais rápido possível. Crianças com pais ou familiares que apresentaram a doença devem ser examinadas no berçário e manter um programa de segmento rígido.

•A enucleação é a forma mais comum de tratamento do retinoblastoma, principalmente devido ao diagnóstico tardio e dificuldade para se chegar a centros especializados. Sempre que os pais notarem alguma alteração no reflexo do olho da criança esta deve ser examinada o mais rápido possível.

•O exame oftalmológico de crianças sempre deve ser feito com oftalmoscópio indireto e pupila dilatada para se identificar doenças retinianas precocemente.

•NÃO considerar casos de ESTRABISMO constante como normais após os 2 meses de vida. Devem todos ser examinados pois podem ser manifestações de diversas doenças oculares como catarata, glaucoma e retinoblastoma.




O QUE SÃO BIOFILMES

DESENVOLVIMENTO DE UM BIOFILME

DESENVOLVIMENTO DE UM BIOFILME. (a) Colonização primária de um substrato; (b) crescimento, divisão celular e produção do exopolissacarídeo (EPS), com o desenvolvimento de microcolônias; (c) coadesão de células individuais, de células coagregadas e grupos de células idênticas, originando um biofilme jovem, de múltiplas espécies; (d) maturação e formação de mosaicos clonais no biofilme maduro.
(Adaptado de Rickard et al., Trends Microbiol., 11:94-100, 2003)

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Úlcera de Córnea

Patologia ocular muitas vezes gravíssima, podendo até levar à cegueira. É a destruição das camadas da córnea, causada por agentes infecciosos, traumas ou doenças degenerativas. O tratamento depende da causa e algumas vezes há a necessidade de transplante de córnea.


Esquizofrenia

Apesar da exata origem não estar concluída, as evidências indicam mais e mais fortemente que a esquizofrenia é um severo transtorno do funcionamento cerebral. A Dra Nancy Andreasen disse: "As atuais evidências relativas às causas da esquizofrenia são um mosaico: a única coisa clara é a constituição multifatorial da esquizofrenia. Isso inclui mudanças na química cerebral, fatores genéticos e mesmo alterações estruturais. A origem viral e traumas encefálicos não estão descartados. A esquizofrenia é provavelmente um grupo de doenças relacionadas, algumas causadas por um fator, outras, por outros fatores".
A questão sobre a existência de várias esquizofrenias e não apenas uma única doença não é um assunto novo. Primeiro, pela diversidade de manifestações como os sub-tipos paranóide, hebefrênico e catatônico além das formas atípicas, que são conhecidas há décadas. Segundo, por analogia com outras áreas médicas como o câncer. O câncer para o leigo é uma doença que pode atingir diferentes órgãos. Na verdade trata-se de várias doenças com manifestação semelhante. Para cada tipo de câncer há uma causa distinta, um tratamento específico em chances de cura distintas. São, portanto, várias doenças. Na esquizofrenia talvez seja o mesmo e o simples fato de tratá-la como uma doença só que atrapalha sua compreensão. Poucos sabemos sobre e
ssa doença. O máximo que conseguimos foi obter controle dos sintomas com os antipsicóticos. Nem sua classificação, que é um dos aspectos fundamentais da pesquisa, foi devidamente concluída.


sistema renal

O sistema renal é regulado pelo Fluxo Sanguíneo Renal que quando penetra na Cápsula de Bowman é transformado em Filtrado Glomerular (proteínas e eletrólitos).
O Débito cardíaco médio normal é de 5 l/min gerando 7200 l/dia. Desses, 20% (1440 l) passam pelos rins gerando uma quantidade de filtrado glomerular de 180 l/dia, dos quais 178 l/dia são reabsorvidos e 2 l/dia formam urina.
A circulação extracorpórea é um agente capaz de produzir alterações na função do sistema renal e no equilíbrio dos líquidos e dos eletrólitos do organismo. Os rins são fundamentais na regulação do meio interno, em que estão imersas as células de todos os órgãos. Os rins desempenham duas funções primordiais no organismo: 1. eliminação de produtos terminais do metabolismo orgânico, como uréia, creatinina e ácido úrico e, 2. controle das concentrações da água e da maioria dos constituintes dos líquidos do organismo, tais como sódio, potássio,cloro, bicarbonato e fosfatos. Os principais mecanismos através os quais os rins exercem as suas funções são a filtração glomerular, a reabsorção tubular e a excreção tubular de diversas substâncias. O sistema urinário, encarregado da produção, coleta e eliminação da urina está localizado no espaço etroperitonial, de cada lado da coluna vertebral dorso lombar. É constituído pelos rins direito esquerdo, a pelve renal, que recebe os coletores de urina do parênquima renal, ureteres, a bexiga
e a uretra.
O sangue chega ao rim através da artéria renal, que se ramifica muito no interior do órgão, originando grande número de arteríolas aferentes, onde cada uma ramifica-se no interior da cápsula de Bowman do néfron, formando um enovelado de capilares denominado glomérulo de Malpighi.
O sangue arterial é conduzido sob alta pressão nos capilares do glomérulo. Essa pressão, que normalmente é de 70 a 80 mmHg, tem intensidade suficiente para que parte do plasma passe para a cápsula de Bowman, processo denominado filtração. Essas substâncias extravasadas para a cápsula de Bowman constituem o filtrado glomerular, queé semelhante, em composição química, ao plasma sanguíneo, com a diferença de que não possui proteínas,
incapazes de atravessar os capilares glomerulares. O filtrado glomerular passa em seguida para o túbulo contorcido proximal, cuja parede é formada por células adaptadas ao transporte ativo. Nesse túbulo, ocorre reabsorção ativa de sódio. A saída desses íons provoca a remoção de cloro, fazendo com que a concentração do líquido dentro desse tubo fique menor (hipotônico) do que do plasma dos capilares que o envolvem. Com isso, quando o líquido percorre o ramo descendente da alça de Henle, há passagem de água por osmose do líquido tubular (hipotônico) para os capilares sangüíneos (hipertônicos) - ao que chamamos reabsorção. O ramo descendente percorre regiões do rim com gradientes crescentes de concentração. Conseqüentemente, ele perde ainda mais água para os tecidos, de forma que, na curvatura da alça de Henle, a concentração do líquido tubular é alta. Esse líquido muito concentrado passa então a percorrer o ramo ascendente da alça de Henle, que é formado por células impermeáveis à água e que estão adaptadas ao transporte ativo de sais. Nessa região, ocorre remoção ativa de sódio, ficando o líquido tubular hipotônico. Ao passar pelo túbulo contorcido distal, que é permeável à água, ocorre reabsorção por osmose para os capilares sangüíneos. Ao sair do néfron, a urina entra nos dutos coletores, onde ocorre a reabsorção final de água.
Dessa forma, estima-se que em 24 horas são filtrados cerca de 180 litros de fluido do plasma; porém são formados apenas 1 a 2 litros de urina por dia, o que significa que aproximadamente 99% do filtrado glomerular é reabsorvido.
Além desses processos gerais descritos, ocorre, ao longo dos túbulos renais, reabsorção ativa de aminoácidos e glicose. Desse modo, no final do túbulo distal, essas substâncias já não são mais encontradas. A regulação da função renal relaciona-se basicamente com a regulação da quantidade de líquidos do corpo. Havendo necessidade de reter água
no interior do corpo, a urina fica mais concentrada, em função da maior reabsorção de água; havendo excesso de água no corpo, a urina fica menos concentrada, em função da menor reabsorção de água.