quinta-feira, 1 de outubro de 2009

inflamacao de prostata

A próstata e seus problemas
Afinal, o que é próstata? Muitas pessoas já ouviram falar sobre ela, mas Tem apenas uma vaga idéia sobre o seu papel; e muitos não sabem mesmo onde ela se encontra. Na realidade, médicos e cientistas ainda não entendem bem a sua função, de modo que há muito para se conhecer sobre a próstata e as doenças que a afetam.
A glândula prostática está localizada imediatamente abaixo da bexiga. Glândulas secretam fluídos e a próstata fabrica parte do fluído (sêmen) liberado no clímax do ato sexual. A próstata precisa de hormônios dos testículos para que ela possa funcionar, se esses hormônios masculinos estão baixos, a próstata encolhe. O fluído das glândulas é feito no epitélio (camada de células especiais chamadas células epiteliais). Nas glândulas, o eptélio é envolvido por um tecido, chamado estroma. Na próstata, este estroma contém fibras musculares, as quais podem influenciar os sintomas produzidos pelos distúrbios prostáticos. Tanto o epitélio como o estroma crescem com o aumento da próstata. Além disso, embora a próstata tenha a aparência de um único orgão, na realidade ela tem duas partes distintas, cada uma delas sujeita a diferentes doenças.
O interior da glândula prostática
A glândula prostática fica abaixo da bexiga e a uretra (conduz a urina da bexiga até a bertura do pênis) passa através dela. os dois ductos que conduzem o sêmen e o líquido seminal (os canais deferentes) juntam-se à uretra, no interior da próstata.
Embora isso possa parecer um pouco complicado, vai ajudar a compreender os problemas causados pela próstata, e como eles são tratados, se ela for vista como consistindo em uma parte interna e outra externa, ambas constituídas por glândulas (epitélio) envolvidas por tecido (estroma) contendo músculo.
Perto da próstata há dois músculos importantes chamados esfíncteres. Estes controlam a bexiga impedindo que perca urina. Eles também ajudam a eliminar o esperma no clímax do ato sexual. O músculo abaixo da próstata, chamado esfíncter externo da bexiga, é particularmente importante para previnir a perda de urina pela bexiga.
O que causa os sintomas?
Quando um homem envelhece, sua próstata usualmente aumenta de tamanho. A maior parte deste aumento ocorre após os 50 anos, de modo que afeta peddoas de maior idade. O fato de a próstata crescer não é importante em si, e, na verdade, os transtornos que ela causa não dependem de seu tamanho real. Entretanto, a próstata envolve o tubo da beixiga chamado uretra e à medida que ela cresce, comprime a uretra estreitando a via de saída da bexiga. A isto dá-se o nome de obstrução, que resulta na diminuição do fluxo da urina.
Efeitos de uma próstata aumentada
A medida que a próstata aumenta de tamanho, começa a comprimir a uretra, o ducto através do qual a urina tem de passar para esvaziar a bexiga. Como consequência, a micção é dificultada e a bexiga não se esvazia completamente.
Sintomas da obstrução
Uma vez que a obstrução ocorre gradualmente, muitos homens não se dão conta de que ela está acontecendo. Eles podem notar que o jato da urina já não atinge tanta distância como constumava quando eram mais jovens e que não sai com tanta força. À medida que essa condição piora, pode haver uma demora para o início da micção (chamada hesitação) e o jato de urina interrompe-se no final, algumas vezes terminando num gotejamento desagradável. Pode também haver uma sensação de que ainda há urina na bexiga – referindo como esvaziamento incompleto.
Sintomas obstrutivos
Quando o aumento da próstata obstrui diretamente a bexiga,os seguintes sintomas podem ser observados:
Hesitação
Ter de esperar para que a urina comece a fluir.
Fluxo fraco
A urina flui com menos força, atingindo uma pequena distância, às vezes diretamente para baixo.
Gotejamento terminal
O fluxo de urina continua após o jato principal, às vezes em golfadas ou em gotas. Ocasionalmente, vem um segundo grande jato de urina (às vezes chamado micção em dois tempos).
Esvaziamento incompleto
Há a sensação de que ainda resta urina na bexiga, após terminada a micção.
Desenvolvimento dos sintomas irritativos
Os sintomas obstrutivos descritos acima podem não ser muito problemáticos. Entretanto, a bexiga tem de fazer um grande esforço para vencer a abstrução e, depois de um certo tempo, isso pode afetar o seu funcionamento.
Alguns homens desenvolvem sintomas irritativos. Eles sentem necessidade de urinar mais vezes (frequência), com uma sensação de premência (urgência) que pode chegar ao ponto de se molharem. Se esses sintomas invadem a noite (noctúria), a perda de sono vai tornar-se um problema.
Isso pode resultar num grande incômodo, não apenas para o próprio homem, que vai ter de evitar longas caminhadas, procurando sempre estar por perto de um mictório público, como para sua família, amigos e colegas, os quais podem não ser sempre compreensivos.
Na realidade, os amigos e parentes dão-se conta do problema mesmo antes do sofredor, o qual vai aos poucos adaptando suas atividades aos sintomas e considerando estes como parte da vida. Frequentemente um paciente é encorajado a procurar tratamento por sua esposa, cujo o sono é continuamente interrompido por suas idas ao banheiro.
Sintomas irritativos
Os efeitos sobre a bexiga de ter de fazer um grande esforço paravencer a obstrução pode causar os seguintes sintomas.
Frequência
Um tempo anormalmente pequeno entre duas micções
Noctúria
Acordar a noite para urinar.
Urgência
Ser incapaz de se conter após sentir vontade de urinar. Pode levar à perda de urina (incontinência).
Sensação de esvaziamento
Com sintomas irritativos pode haver uma sensação de que o esvaziamento da bexiga não se completou, mesmo ela estando vazia.
Retenção aguda de urina
Algumas vezes acontece de um homem com próstata aumentada, de repente, ser incapaz de urinar. A bexiga enche e torna-se dolorida. Isto é chamado retenção aguda.
A causa da retenção pode, às vezes, ser identificada. É uma complicação comum de operações cirurgicas e mesmo estar confinado ao leito, por uma infecção pulmonar, por exemplo, pode ser suficiente. Uma constipação pode causar uma retenção.
Alguns homens desenvolvem retenção se suas bexigas ficam muito cheias. Isto pode ocorrer, por exemplo, numa viagem longa. Antigamente, em feriados prolongados, era comum que hospitais vizinhos a grande engarrafamentos recebessem homens com retenção urinária. Isso ainda pode acontecer nos dias de hoje, mas a introdução de toaletes nos ônibus de carreira fez uma grande diferença.
O frio é um outro problema. A retenção geralmente acomete homens participando de cerimônias de casamento no inverno, quando, talvez depois de alguns drinques, vai haver um longo período de espera ao relento for a da igreja enquanto o fotógrafo está realizando o seu trabalho. Drinques longos, especialmente de bebidas alcólicas, enchem a bexiga de forma bastante rápida. Medicamentos chamados diuréticos, prescritos para remover fluído excessivo do corpo devido a doenças cardíacas uo pulmonares, também podem causar retenção.
Entretanto, a retenção frequentemente ocorre sem nenhuma razão aparente, em homens que previamente não tinham tido problemas de próstata – talvez porque eles tinham os sintomas obstrutivos que incomodavam menos. Por que isso acontece ainda não está bem esclarecido. É possível que a interrupção final seja causada por uma leve infecção ou alguma outra coisa que cause inchação da próstata.
Retenção crônica da urina
Uma retanção não-dolorosa da urina (retenção crônica) ocorre ao longo de meses ou anos e a bexiga vai dilatando-se até alcançar quatro a cinco vezes sua tamanho normal. De maneira geral, os homens não se dão conta de que isso esteja acontecendo, mas às vezes a bexiga cheia vaza e molha a roupa. Em alguns casos, a pressão na bexiga pode aumentar e lesar os rins. Isto é muito raro, embora seja muito improvável que homens com distúrbios da próstata desenvolvam insuficiência renal; um tratamento adequados nos estágios iniciais vai curá-lo completamente, assim, é importante que exames sejam realizados para excluir essa possibilidade.
Outras complicações
Se a bexiga não pode esvaziar-se adequadamente, qualquer urina que permanece nela pode infectar-se ou formar cristais que crecem formando pedras. Se a urina se infecta, isso pode causar uma sensação de queimação, chamada disuria, durante a micção.
Uma cirurgia da próstata pode ser necessária para resolver as infecções repetidas, mas às veses isso pode ser um sintoma de prostatite.
Algumas vesez uma próstata aumentada pode sangrar, mas o sangramento provavelmente é devido a outras causas e deve ser investigado. Muito ocasionalmente, sangramentos repetidos são razões para uma cirurgia de próstata.
Porque do aumento da próstata
O aumento da próstata é mais comumente devido a um crescimento natural do tecido prostático e é parte do processo de envelhecimento. Pode também se dever a um câncer ou a uma inflamção da próstata.
Hiperplasia benigna da próstata
Na maioria dos homens a próstata aumenta à medida que envelhecem. Sob microscópio, esse aumento benigno (simple, não canceroso) é visto como uma alteração chamada hiperplasia benigna da próstata, ou HBP.
A razão exata para esse crescimeto ainda é incerta, mas ela precisa de hormônios masculinos e não ocorre em homens castrados quando jovens. A maioria dos homens acima de 80 anos tem essa condição e cerca de metade deles apresenta algum sintoma decorrente disso.
À medida que a próstata aumenta, crescem ambos, epitélio estroma. Às vezes a próstata não está muito aumentada e os sintomas são causados pela contração do músculo no estroma que comprime abertura da bexiga e a uretra.
A HBP inicia-se na parte interna da glândula e a medida que ela aumenta espreme a parte externa da glândula até que esta se reduza a uma fina camada, então denominada cápsula. A HBP nunca se espalha para além da glândula. Não importa o tamanho que a próstata atinja, ela permanece coberta pela cápsula, como uma castanha em sua casca. Quando um médico examina uma glândula com HBP, ela tem uma superfície lisa com uma forma regular e uma consistência elástica, em vez de dura. A não ser que ela cause os tipos de sintomas descritos acima neste capítulo, o paciente não irá sentir nada de diferente simplesmente porque sua próstata está aumentada e a glândula parece funcionar normalmente.
Câncer da próstata
O câncer da próstata mais comumente afeta a camada externa da glândula, mas à medida que o tumor cresce e invade a parte central, ele vai obstruir a uretra.
Câncer da próstata
A próstata é um dos orgãos que pode desenvolver tumores cancerosos. Estes usualmente se iniciam na parte externa da glândula e inicialmente podem não bloquear a uretra. Muitos homens com tumores têm, coincidentemente, HBP e são os sintomas desta que levam à descoberta do câncer. Envolvendo a parte externa da glândula há uma fina camada de tecido que também é chamada de cápsula, o que pode causar confusão.
No início, o tumor fica confinado a esta cápsula externa, mas, á medida que cresce, espalha-se através da cápsula e cresce para dentro dos tecidos ao redor da próstata. Ele pode se espalhar por meio de células que se destacam dele. Estas são sequestradas pelas glândulas linfáticas próximas à próstata de onde podem-se desenvolver em turmores secundários (metástases). O tumor também pode-se espalhar através dos vasos sanguíneos, geralmente para os ossos da coluna e da pelve.
Um médico vai suspeitar de um tumor se há um nódulo duro na próstata, se esta como um todo está dura e sua forma é irregular. Entretanto, tumores muito pequenos são impossíveis de serem identificados.
Prostatite
A inflamação da próstata (prostatite) por infecção ou qualquer outra causa não é incomum e pode ocorrer em todas as idades. Algumas vezes ela causa sintomas como os da cistite – dor em queimadura durante a micção. Nos homens mais velhos, que já estejam sofrendo de HBP, ela pode exacerbar os sintomas prostáticos.
A prostatite pode causar sintomas muito vagos e ser difícil de diagnosticar. Adiante há mais informação sobre prostatite.
Pontos centrais
Os sintomas prostáticos podem ser obstrutivos ou irritativos.
Os pricipais distúrbios da próstata são:- Hiperplasia benigna da próstata (HBP).- Câncer de próstata.- Prostatites.

Inflamação na garganta

O que é amigdalite?Dor de garganta? Febre? Você pode estar curtindo uma amigdalite. Em curtas palavras, amigdalite é a infecção das amígdalas palatinas. O inverno seco e poluído em alguns lugares, contribui para o surgimento e desenvolvimento das amigdalites, que predominam entre as crianças.As amígdalas são massas de tecido esponjoso linfóide, localizadas na parte de trás da garganta, na entrada das vias respiratórias, nos dois lados da garganta. Elas agem como filtros, ajudando a prevenir que infecções da garganta, boca e seios da face se espalhem para o resto do corpo. As amígdalas também são responsáveis pela produção de anticorpos, que ajudam a combater as infecções na garganta e no nariz. As amígdalas são muito suscetíveis à infecção. A amigdalite, portanto, é a inflamação das amígdalas.CausasAs amigdalites pode ser tanto de origem viral quanto bacteriana, sendo que esta última pode ser facilmente identificada por apresentar pus, ou seja, aqueles pontos brancos, também conhecidos por placas. Sendo bacteriana, a doença deve ser tratada com antibióticos. As virais, no entanto, não se beneficiam deste tipo de tratamento, possuindo um ciclo próprio e necessitando apenas de medicação para alívio dos sintomas, como antitérmicos e analgésicos.A amigdalite bacteriana é causada, principalmente, pela bactéria Streptococcus pyogenes, sendo o tipo mais perigoso das infecções de garganta. A febre que atinge os pacientes acometidos por esta bactéria pode mesmo chegar aos 40ºC e ocasionalmente podem se formar abscessos.As crianças desenvolvem amigdalite quando enfrentam queda na resistência dos seus organismos e variações bruscas de temperatura, típicas desta época do ano.
Fatores de Risco para AmigdaliteMás condições de habitação, presença de animal doméstico na residência, exposição ao fumo e apetite diminuído são possíveis fatores que podem ajudar no desenvolvimento da amigdalite aguda ou na amigdalite de repetição, definida como 5 a 7 episódios de infecção durante o ano.A amigdalite aguda é hoje, como também foi no passado, uma das infecções de vias aéreas de maior freqüência. Na era pré-antibiótica, a denominação de angina (do latim angere, que significa sufocar) denota bem a gravidade dos quadros clínicos e de suas complicações.Foi nesta época que surgiu a técnica da amigdalectomia (popularmente conhecida como operação de garganta), então praticada com técnicas rudimentares de anestesia e com altos índices de complicações. Porém, com o desenvolvimento da técnica cirúrgica e dos meios de anestesia, a cirurgia difundiu-se, tornando-se até abusiva.
Após a descoberta dos antibióticos, o controle dos casos mais simples e a diminuição do número de complicações, a amigdalectomia ainda se mantinha como importante indicação, nos casos de infecções de repetição, pois pouca função se atribuía as amígdalas. No entanto, com o desenvolvimento da Imunologia, confirmou-se o envolvimento das amígdalas no processo de defesa do organismo e a dúvida sobre o efeito da cirurgia, sobre a imunidade dos pacientes, começou a ser levantada.A presença de maior número de infecções está ligada principalmente a piores condições sócio-econômicas, como ocorre com a população pobre, que geralmente habita locais pequenos e com grande número de moradores, aliadas à presença de animais domésticos, à exposição passiva ao tabaco, e à falta de alimentação adequada das crianças, fazendo com que estes sejam os potenciais fatores de risco para o aparecimento desses quadros.SintomasAlém da dor e da febre, o inchaço dos gânglios (íngua), em qualquer lado do pescoço e da mandíbula, também serve como indicativo da amigdalite. Dor de ouvido, dificuldade para engolir, calafrios, dor de cabeça, hálito diferente, mudanças no paladar e no olfato, dores musculares, dor de barriga e vômitos são outros dos sintomas comumente relatados.Complicações e TratamentoA amigdalite, se não tratada, pode trazer algumas complicações secundárias, como febre reumática ou "reumatismo no sangue" (patologia que lesa o coração de forma grave, podendo também acometer outros órgãos e que ocorre nos casos de amigdalite bacteriana não tratada ou parcialmente tratada), surdez, problemas nos rins e no coração. A amigdalite pode levar também a casos graves, inclusive de septicemia e choque bacteriano, que correspondem a infecção do sangue.
Cirurgia e AntibióticosA retirada das amígdalas deixa o organismo desprotegido da sua ajuda, no combate às infecções, na medida em que elas são o primeiro escudo contra as bactérias, que querem invadir o organismo. Pessoas sem amígdalas desenvolvem mais faringites. Portanto, é um procedimento que deve ser evitado ao máximo, assim como se deve evitar os excessos na administração de antibióticos, muitas vezes tomados sem a orientação médica e na dosagem errada, o que não ajuda em nada no tratamento da infecção. Como qualquer medicamento, eles provocam reações no organismo, além de favorecer ao aparecimento de bactérias resistentes, quando utilizados indiscriminadamente.Prevenção e Tratamento.
O desconforto causado pela amigdalite, principalmente em crianças, pode ser aliviado com o gargarejo de uma solução contendo uma pitada de sal, dissolvido em meio copo de água morna. Bebidas mornas, como chás (com ou sem mel) e sopas, assim como outros alimentos macios, se forem toleráveis, ajudam a criança a manter-se alimentada, apesar da dificuldade para engolir.
Água gelada, andar descalço, tomar chuva, não trazem a doença, mas são fatores que podem produzir variações de temperatura, estabelecendo um melhor terreno para a instalação da bactéria.
Mas o fundamental é a ida ao médico, para o diagnóstico correto e a instituição de um tratamento adequado, no máximo 48 horas após o inicio dos sintomas. A amigdalite bacteriana responde muito bem ao tratamento com penicilina ou antibióticos derivados dela, ou no caso de alergias a este antibiótico, a eritromicina pode ser uma boa escolha. Outros antibióticos existem e podem ser indicados pelo medico que avalia a criança. A febre irá ceder 48 horas após o início do tratamento.
Nunca medique seu filho por conta própria. Ele pode ter crescido e assim a dose do medicamento estará fraca e isso será o mesmo que não tratar.
A amigdalite tem um alto contagio entre familiares, e só após aproximadamente 48 horas de tratamento, é que diminui este risco. Portanto o cuidado, principalmente entre irmãos, deve ser instituído, e se sintomas semelhantes aparecerem o médico deverá novamente ser consultado.

Inflamação do femur

Lesões dos meniscos


Os joelhos são constituídos, cada um deles, por dois meniscos, um menisco interno (ou médio) e um menisco externo (ou lateral), estando cada um situado entre um dos côndilos femorais e uma das cavidades glenoideias da tíbia.
A presença destas cartilagens específicas é fundamental para o funcionamento do joelho, já que a sua forma e consistência especiais permitem um melhor encaixe e evitam o atrito directo das extremidades ósseas, o que confere uma melhor estabilidade à articulação e contribui para suportar a carga do peso corporal ao andar.
Causas e tipos de lesões
As lesões nos meniscos podem ser provocadas por qualquer movimento forçado do joelho, quedas e traumatismos na zona. Como é lógico, embora sejam problemas mais comuns nos desportistas e também em determinadas profissões (por exemplo, entre os mineiros), também podem acontecer na vida quotidiana em caso de queda ou movimento brusco ou atípico. Por conseguinte, é possível que o menisco não se consiga deslocar adequadamente e fique preso ou pressionado pelos ossos. Por outro lado, também pode sofrer uma exagerada tracção provocada pelas estruturas articulares às quais se encontra unido, o que acaba por superar a sua resistência. Estes são os mecanismos responsáveis pelos dois tipos de lesões mais comuns: a ruptura total ou parcial do menisco e a desunião das estruturas articulares às quais se encontra unido.
Sintomas e consequências
As lesões do menisco costumam ser acompanhadas por um "estalido", no momento em que se dá a lesão, pelo surgimento de dor e pela produção de uma inflamação. No entanto, ambos os problemas vão gradualmente diminuindo de intensidade até desaparecerem por completo, ao fim de alguns dias. Todavia, a mobilidade do joelho costuma ficar mais ou menos afectada, limitando a sua capacidade de flexão e dificultando a sua total extensão, na medida em que a desunião ou a colocação de um pedaço do menisco lesionado entre os ossos pode provocar um bloqueio articular, no qual o joelho fica fixo na sua posição de flexão, sem que seja possível movê-lo. Embora este problema, por vezes, se possa curar de forma espontânea, possibilitando praticamente o normal movimento do joelho, noutros casos, o joelho fica permanentemente bloqueado. A desunião ou ruptura parcial periférica pode ser solucionada, ao fim de algumas semanas, através da cicatrização ou com o tratamento adequado. Todavia, quando a lesão se dá no corpo do menisco ou quando é uma ruptura total, as probabilidades de cicatrização espontânea são muito poucas. Caso não seja efectuado o tratamento adequado, a lesão torna-se permanente, provocando dor perante a realização de determinados movimentos e a produção, a qualquer momento, de um bloqueio do joelho ou de uma insuficiência ao nível da articulação, ou seja, uma sensação de instabilidade ao apoiar o pé no chão.
Diagnóstico e tratamento
Embora seja possível diagnosticar as lesões nos meniscos através da descrição dos sinais e sintomas e dos exames físicos, os médicos apenas costumam confirmar o diagnóstico e determinar o tipo de lesão após a realização de um exame denominado artrografia, uma radiografia específica efectuada após a injecção de ar ou de uma substância de contraste na articulação, através da qual é possível observar os meniscos e as suas alterações. É igualmente possível recorrer a uma artroscopia, um exame no qual é possível visualizar as estruturas internas da articulação e determinar com precisão as lesões do menisco.
Embora o tratamento passe, na maioria dos casos, por uma intervenção cirúrgica, caso a lesão seja recente, pode-se procurar facilitar a sua cicatrização através da imobilização do joelho com gesso de uma a três semanas. A intervenção cirúrgica mais comum consiste em abrir a articulação e extrair o menisco lesionado, na medida em que, quatro semanas após a realização da mesma, é desencadeado um processo espontâneo de renovação, que provoca a formação de uma nova cartilagem fibrosa semelhante ao menisco, capaz de desempenhar as suas funções na perfeição. Por outro lado, convém realizar vários exercícios e outras técnicas específicas de fisioterapia, de modo a recuperar a funcionalidade do joelho e fortalecer os músculos da zona afectada.
Uma outra possibilidade de tratamento mais moderna consiste na reparação da lesão através de uma artroscopia, tendo em conta que desta forma não é necessário abrir o joelho, o que torna a recuperação mais rápida e permite que o paciente se levante e caminhe no dia seguinte, permitindo um período pós-operatório mais curto.

domingo, 27 de setembro de 2009

Inflamaçôes das doenças intestinais



CaracterísticasDrauzio – Quais as principais características da inflamação das doenças intestinais? Flavio Steinwurz – Na verdade, a inflamação é uma defesa do organismo contra um agente agressor. Portanto, só se torna uma doença, quando a defesa não é normal. No caso específico das doenças inflamatórias, a inflamação é anômala, exagerada e acarreta lesões.Costumo me valer de uma comparação bem simples para explicar o que acontece. Diante de uma formiga em nossa casa, o problema acaba se a espantarmos ou pisarmos nela. Jogar o computador em cima da formiga é um ato exagerado para livrarmo-nos de uma ameaça insignificante. No que se refere às doenças inflamatórias que acometem o intestino, a resposta da defesa é uma reação anormal que lesa o próprio intestino e causa feridas ou inflamações persistentes.Drauzio – O que diferencia a retocolite inflamatória das demais doenças inflamatórias que acometem os intestinos?Flavio Steinwurz – Entre as várias doenças inflamatórias que acometem o intestino, existem duas chamadas de inespecíficas – a retocolite ulcerativa e a doença de Crohn – de causa e cura desconhecidas. Como não se sabe qual é o fator que desencadeia essas enfermidades, não se pode considerá-las curáveis e elas recidivam. Ou seja, o máximo que se consegue com o tratamento é tirar o paciente da crise, mas ele permanece sujeito a novas crises no futuro.Tanto a retocolite quanto a doença de Crohn caracterizam-se por inflamações crônicas e exuberantes, que persistem por períodos prolongados e, quando controladas, reaparecem em surtos de atividade de tempos em tempos. A diferença entre elas está no grau de inflamação. Na retocolite ulcerativa, ela é superficial, atingindo a mucosa do intestino grosso exclusivamente. Na doença de Crohn, pode acometer qualquer parte do tubo digestivo. Ela atravessa a mucosa e penetra as quatro camadas da parede intestinal, podendo provocar também fissuras fora do intestino que vão acarretar outras complicações. Além disso, na retocolite ulcerativa, a lesão é continua na área do intestino agredida pela inflamação, ao passo que, na doença de Crohn, existem ilhas de áreas saudáveis, sem doença. As lesões são salteadas, ou seja, há áreas de intestino normal e áreas doentes.Drauzio – Como evolui a retocolite ulcerativa?Flavio Steinwurz – As lesões da retocolite ulcerativa são contínuas, mas podem estar limitadas a certos segmentos do intestino grosso. Conforme a região em que aparecem, recebem denominações especiais: proctite (final do reto), retossigmóide (reto e sigmóide), hemicolite esquerda (parte esquerda do intestino) e colite universal ou pancolite, a mais desagradável de todas, que pega todo o intestino grosso. Dependendo da extensão e das características da doença, o quadro pode ser mais ou menos grave. Será menos exuberante, se as feridinhas forem pequenas e superficiais. Quando as úlceras são grandes e, às vezes, confluentes, isto é, uma ferida se junta com a outra, podem provocar mais sangramento e a simples presença desses ferimentos irrita a mucosa intestinal e acelera o intestino, causando diarréia.